sábado, 11 de maio de 2013

Felicidade

Começamos com a seguinte pergunta: Existe a felicidade? E quando pensamos se ela existe, normalmente trazemos uma outra: Eu sou feliz? Para a primeira podemos usar da teoria reversa com uma outra pergunta: Se a felicidade não existe, por que a procuramos incessantemente? Ora, se procuramos por algo, este algo deve existir... Para a segunda pergunta podemos usar uma variação, pequena, para começarmos de uma forma mais amena: Eu estou feliz? Podemos notar que esta traduz algo temporário e ser algo permanente. Nós estamos num mundo que não nos oferece a felicidade plena, portanto costumamos ter momentos de felicidade...
"A felicidade está onde nós a pomos; e nunca a pomos onde nós estamos" Procuramos a felicidade, normalmente, nas coisas exteriores, fora de nós mesmos, enquanto podemos encontrá-la, e até mesmo devemos, no nosso foro íntimo. A felicidade reside em nós mesmos e costumamos procurá-la fora... Seria esta uma inverdade?! Ou será que podemos admitir isto como um fato?!


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - ALLAN KARDEC
CAPÍTULO V: BEM AVENTURADOS OS AFLITOS
ÍTEM 20 : A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO

"Nem mesmo a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude em flor, são condições essenciais da felicidade. Digo mais: nem mesmo a reunião dessas três condições, tão cobiçadas...", visto que dissabores, tribulações, dores e sofrimentos fazem parte da vida de todos os homens. Todos, de alguma maneira, sofrem nesta vida terrena, o que nos leva a concluir que, de fato a felicidade plena não existe na Terra, levando-nos à compreensão dela ser um mundo de expiações e de provas.
[...] O espiritismo, pelos seus princípios, mostra que a felicidade para a qual fomos criados não se encontra na obtenção ou no uso de coisas externas ao homem, como muita gente ainda hoje admite, sofrendo por obtê-la, chegando muitas vezes a perder-se em infrações graves, sem, contudo, alcançá-la.
          Felicidade é um estado interior, provocado por sentimentos e emoções que se originam na consciência do dever cumprido, do ter feito todo o bem que lhe foi possível, do não ter feito mal a ninguém e, quando isso ocorreu, houve a tentativa de corrigir e reparar a falta cometida.
         Felicidade está dentro de cada um, na maneira como valoriza seu viver na Terra, seus companheiros de jornada evolutiva e faz do seu viver um prazer.
       Essa felicidade é possível senti-la, aqui na Terra, mesmo não merecendo viver em mundos melhores, por necessitar ainda das experiências que só os mundos de expiações e provas podem oferecer, mesmo sofrendo tribulações e dificuldades.
      Demonstrando, o espiritismo, ser o próprio homem, pelas suas ações, causa do sofrimento na Terra, facilita um viver mais consciente das suas necessidades espirituais e de como satisfazê-las, sem provocar dores e sofrimentos em si e nos outros.
           Esforcemo-nos, pois, para vivermos o bem e um dia, a Terra será um mundo mais feliz , mais solidário, mais prazeroso. 


Para finalizar, algumas elucidações de grande relevância sobre a felicidade no Livro dos Espíritos.

920. O homem pode gozar na Terra uma felicidade completa?
      — Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz, quanto se pode ser na Terra.

921. Concebe-se que o homem seja feliz na Terra quando a Humanidade estiver transformada, mas, enquanto isso não se verifica, pode cada um gozar de uma felicidade relativa?
      — O homem é, na maioria das vezes, o artífice de sua própria infelicidade. Praticando a lei de Deus, ele pode poupar-se a muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o comporta a sua existência num plano grosseiro.

922. A felicidade terrena é relativa à posição de cada um; o que é suficiente para a felicidade de um faz a desgraça de outro. Há, entretanto, uma medida comum de felicidade para todos os homens?
       — Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral, a consciência pura e a fé no futuro.



Nenhum comentário:

Postar um comentário