“O homem é um animal
social”, já o dizia, com acerto, famoso pensador da Antiguidade, querendo com
isso significar que ele foi criado para viver, ou melhor, conviver com seus
semelhantes.
Idéias principais:
- Deus fez o
homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as
outras faculdades necessárias à vida de relação.
- A vivência
cristã se caracteriza pelo clima de convivência social em regime de
fraternidade, no qual todos se ajudam e se socorrem, dirimindo dificuldades e
consertando problemas.
-
Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas,
umas às outras, se completam, para lhes assegurarem o bem-estar e o progresso.
Por isto é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em
sociedade e não insulados.
Lei de Sociedade
Sociabilidade é uma lei da Natureza a que o homem
não pode se esquivar, sem prejudicar-se, pois é por meio do relacionamento
entre os seus semelhantes que ele desenvolve as suas potencialidades. Deus lhe
deu a fala e outras faculdades para que, através da vida em sociedade, pudesse
evoluir. O insulamento priva o homem das relações sociais que lhe garantem o
progresso. A sociabilidade é instintiva e obedece a um imperativo categórico da
lei do progresso que rege a Humanidade.
É que Deus, em Seus sábios desígnios, não nos fez
perfeitos, fez-nos perfectíveis; assim, para instintiva e obedece a um
imperativo categórico da lei do progresso que rege a Humanidade. atingirmos a
perfeição a que estamos destinados, todos precisamos uns dos outros, pois não
há como desenvolver e burilar nossas faculdades intelectuais e morais senão no
convívio social, nessa permuta constante de afeições, conhecimentos e
experiências, sem a qual a sorte de nosso espírito seria o embrutecimento e a
estiolação.
Sendo o fim supremo da sociedade promover o
bem-estar e a felicidade de todos os que a compõem, para que tal seja alcançado
há necessidade de que cada um de nós observe certas regras de procedimento
ditadas pela Justiça e pela Moral, abstendo-se de tudo que as possa destruir.
Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante
a união social é que elas, umas as outras, se completam, para lhe assegurarem o
bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens
foram feitos para viver em sociedade e não insulados.
O homem, inquestionavelmente, é um ser gregário,
organizado pela emoção para a vida em sociedade.
O seu insulamento, a pretexto de servir a Deus,
constitui uma violência à Lei Natural, caracterizando-se por uma fuga
injustificável às responsabilidades do dia-a-dia.
A vivência cristã se caracteriza pelo clima de
convivência social, em regime de fraternidade, no qual todos se ajudam e se
socorrem, dirimindo dificuldades e consertando problemas.
Viver o Cristo é também conviver com o próximo,
aceitando-o conforme suas imperfeições, sem constituir-lhe fiscal ou pretender
corrigi-lo, antes o acompanhando com bondade, inspirando-o ao despertamento e à
mudança de conduta de moto próprio.
Isolar-se, portanto, a pretexto de servir ao bem
não passa de uma experiência na qual o egoísmo predomina, longe da luta que
forja heróis e constrói os santos da abnegação e da caridade.
Necessidade da vida social
766 A vida social é uma
obrigação natural?
– Certamente. Deus fez o homem
para viver em sociedade. Deus deu-lhe a palavra e todas as demais faculdades
necessárias ao relacionamento.
767 O isolamento absoluto é
contrário à lei natural?
– Sim, uma vez que os homens
procuram por instinto a sociedade, para que todos possam concorrer para o
progresso ao se ajudarem mutuamente.
768 O homem, ao procurar viver
em sociedade, apenas obedece a um sentimento pessoal, ou há um objetivo
providencial mais geral?
– O homem deve progredir, mas não
pode fazer isso sozinho porque não dispõe de todas as faculdades; eis por que
precisa se relacionar com outros homens. No isolamento, se embrutece e se
enfraquece.
☼ Nenhum
homem possui todos os conhecimentos. Pelas relações sociais é que se completam
uns aos outros para assegurar seu bem estar e progredir: é por isso que, tendo
necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados.
773 Por que, entre os animais,
pais e filhos deixam de se reconhecer assim que os filhos não necessitam mais
de cuidados?
– Os animais vivem vida material
e não moral. A ternura da mãe com seus filhotes tem origem no instinto de
conservação de suas crias; quando eles podem cuidar de si mesmos, sua tarefa
está cumprida, a natureza não exige deles mais nada; por isso os abandona, para
se ocupar com os outros recém-chegados.
774 Há pessoas que deduzem, do
abandono dos pequenos animais por seus pais, que entre os homens os laços de
família são apenas resultado dos costumes sociais e não uma lei
natural; que devemos pensar disso?
– O homem tem destinação
diferente dos animais; por que, então, querer se parecer com eles? Para o
homem, há outra coisa além das necessidades físicas: a necessidade do progresso.
Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família estreitam os
sociais: eis por que fazem parte da lei natural. Deus quis que os homens
aprendessem assim, a se amar como irmãos. (Veja a questão 205.)
775 Qual seria, para a
sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?
– Um agravamento do egoísmo.
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